Saturday, July 08, 2006

Na cama com Madonna

Nunca gostei da Madonna. Nem do jeito dela, nem das músicas dela, nem de todo aquele apelo sexual.
Mas, de madrugada, sem achar nada interessante na TV, parei pra assistir a uma turnê dela que me deixou perplexa.
Nos shows, foram feitas críticas ao governo Bush, elogios a Michael Moore e foram expostas, entre outras, cenas de crianças palestinas e israelenses de mãos dadas. Defendeu a idéia de que a religião separa as pessoas (com a qual eu concordo plenamente). Falou ainda da importância do voto, da responsabilidade que os cidadãos deviam de ter e se esquivam e da necessidade de “acordar” metade do povo americano que permanece “dormindo”. Terminou o assunto dizendo: “a paz é bem mais profunda que a ausência de guerras”.
Quanto à vida particular, falou sobre o casamento com Guy Richie, dizendo que o casamento não era nada fácil, mas que dessa vez havia acertado, havia casado pelo motivo certo. Disse mais ou menos assim: “se tu encontrares uma pessoa e ela te parecer perfeita, corre o mais rápido possível pro lado oposto. Não existe alma gêmea. E a pessoa 'mais certa' geralmente é a que 'mais te irrita'. Porque ela te faz ver teus erros, encará-los, te faz pensar e pensar te faz crescer. Eu quero alguém que me faça crescer, alguém que me faça pensar.”
E nós tanto buscamos a perfeição. Alguém que “se encaixe” nos moldes pré-estabelecidos na nossa cabeça e sonhos.
“Alguém que te faça pensar...” Interessante, não?!
Sigo não gostando das suas musicas, mas, com certeza, mudei a idéia que tinha a respeito dela.
Como diz a minha irmã, a conversa das pessoas é sempre o prato principal.
Sirva-se.