Nunca gostei da Madonna. Nem do jeito dela, nem das músicas dela, nem de todo aquele apelo sexual.
Mas, de madrugada, sem achar nada interessante na TV, parei pra assistir a uma turnê dela que me deixou perplexa.
Nos shows, foram feitas críticas ao governo Bush, elogios a Michael Moore e foram expostas, entre outras, cenas de crianças palestinas e israelenses de mãos dadas. Defendeu a idéia de que a religião separa as pessoas (com a qual eu concordo plenamente). Falou ainda da importância do voto, da responsabilidade que os cidadãos deviam de ter e se esquivam e da necessidade de “acordar” metade do povo americano que permanece “dormindo”. Terminou o assunto dizendo: “a paz é bem mais profunda que a ausência de guerras”.
Quanto à vida particular, falou sobre o casamento com Guy Richie, dizendo que o casamento não era nada fácil, mas que dessa vez havia acertado, havia casado pelo motivo certo. Disse mais ou menos assim: “se tu encontrares uma pessoa e ela te parecer perfeita, corre o mais rápido possível pro lado oposto. Não existe alma gêmea. E a pessoa 'mais certa' geralmente é a que 'mais te irrita'. Porque ela te faz ver teus erros, encará-los, te faz pensar e pensar te faz crescer. Eu quero alguém que me faça crescer, alguém que me faça pensar.”
E nós tanto buscamos a perfeição. Alguém que “se encaixe” nos moldes pré-estabelecidos na nossa cabeça e sonhos.
“Alguém que te faça pensar...” Interessante, não?!
Sigo não gostando das suas musicas, mas, com certeza, mudei a idéia que tinha a respeito dela.
Como diz a minha irmã, a conversa das pessoas é sempre o prato principal.
Sirva-se.