Friday, August 11, 2006

O meu guri

Queria escrever algo simples e bonito, assim como o teu assobio de todos os dias (que eu gosto tanto de ouvir).
Obrigada por tantas coisas ensinadas (mesmo que nem todas aprendidas). Obrigada pelas músicas, pelas aulas de história, pela paciência, pela saudade que sabes fazer sentir de ti.
Obrigada por me desculpar, por me aceitar, por me abraçar teus abraços escassos, mas sinceros.
Como diz a música do Chico que cantavas pra mim, és a minha Fera, com tórax de Superman e coração de poeta, e eu a tua eterna Bailarina no nosso Circo Místico, só nosso.
Mais que meu pai, sempre fostes meu amigo e amigo dos meus amigos, o que te faz ser tão diferente.
Tomara te dar um montão de netos, pra que cada um deles tenha um pouquinho de ti, assim como eu herdei o teu nariz e tua teimosia, teu bom humor e tua alegria.
Obrigada por fazer minha mãe tão feliz e por me fazer te amar assim (mesmo tendo, por vezes, vontade de te mandar pr’aquele lugar).
És o meu velho malandro, que nunca deixou de ser guri, o meu guri.
Feliz aniversário, pai.