Monday, June 18, 2007

Posso entrar?

Queria te ver aí, agora, de surpresa, sem me esperar, nem sequer levar os copos sujos pra cozinha. Queria só espiar da janela, ou, se abuso não fosse, pedir um abraço demorado e quatro horas de uma conversa leve, saudosa. Gargalhadas soltas, pés sobre a mesa de centro (ou o baú de tempos atrás – repleto de sonhos adormecidos). Acordá-los. E sairia assim, inesperadamente, deixando apenas um sorriso ao olhar pra trás. Poucos segundos, como quem volta tão logo que nem carece a despedida.